terça-feira, 19 de maio de 2009


A revolução tecnológica é responsável por interferir de forma direta ou indireta no cotidiano das pessoas. O surgimento de uma cultura, com traços cada vez mais voltados para o individualismo, começa a revelar tendências de um novo comportamento econômico e social.

Muitas conseqüências da revolução ocorrem de forma involuntária, difundindo a informação entre diversas culturas, com velocidade acelerada, o que amplia as transformações e diversifica as suas fontes.

A sociedade não determina a tecnologia e sim o seu desenvolvimento, e por meio dessa intervenção pode acelerar o processo de modernização, sendo capaz de mudar o destino de economias, governos.

O Estado pode ser um fator determinante no atraso ou evolução da tecnologia. Alguns governantes temem os impactos causados pela modernidade em seus sistemas conservadores de governo e outros, veem na tecnologia uma aliada para a expansão de poder. No entanto, a mesma cultura e o mesmo sistema, podem dar à tecnologia caminhos diferentes, dependendo o relacionamento que há entre a sociedade e o Estado.

Como o debate entre Steven Johnson e Paul Starr nos mostra, pode haver várias comparações entre os efeitos e bens causados pela tecnologia. As diferenças entre um passado cheio de limitações e um presente com tantas facilidades, permite que nos posicionemos de forma crítica, para que assim, fique mais clara a idéia do que realmente significa para o mundo atual, toda essa revolução.

Informações que antes eram mal transmitidas e de difícil acesso, são vistas hoje com plena liberdade e comodidade, em tempo e lugar oportunos. Os jornais impressos e televisivos ficavam muitas vezes restritos ao tempo e as notícias eram parcialmente transmitidas. Já com o avanço da internet, as pessoas não só têm um acesso mais amplo e a oportunidade de interagir, expressando suas respectivas opiniões.

A internet vem ocupar, de uma forma mais abrangente, um meio onde se predominava a influência do rádio e da televisão. Esse novo meio de comunicação virou centro de grandes discussões, já que os impactos são enormes numa sociedade que sempre se manteve tão fechada a novas influências.

Uma nova estrutura social está associada ao informacionalismo, já que conhecimentos e informação são elementos fundamentais desenvolvimento, eu modela o comportamento e a comunicação simbólica.

O novo sistema é chamado de capitalismo informacional, podendo-se afirmar que sem a nova tecnologia, o capitalismo global seria muito limitado. Isso é exemplo, também, do poder econômico da imprensa, por meio do qual, interesses firmados em bases poderosas, acabam por intimidar os mais fracos.

As sociedades informacionais são capitalistas, porém, totalmente distintas cultural e institucionalmente e com os avanços do jornalismo “virtual”, a mídia impressa, televisada e falada, tende a se tornar a cada dia, mais obsoleta, já que a internet oferece as informações com mais detalhes e de forma mais rápida, diversa e de fácil acesso.

A imprensa está ligada de forma direta ao poder político e para que possa exercer certa influência, precisa criar uma responsabilidade efetiva e compensatória para ambas as partes.

As mudanças continuam a ocorrer, portanto, novas discussões surgirão, levando a um ciclo intermitente, já que a própria sociedade está inserida num contexto em que sempre haverá transformações que não poderão ser mudadas e por isso, é preciso se adaptar a elas.